Em Barra, no Oeste da Bahia, um homem de 54 anos que faz tratamento de hemodiálise três vezes por semana em Irecê passa por necessidades e luta para ter o benefício do INSS de volta.
Wilson Santos da Silva realizou perícia médica no dia 24 de fevereiro, mas, até hoje, o resultado não saiu.
Em outubro de 2021, o INSS enviou um ofício a ele informando a suspensão do benefício. A razão, segundo o documento, foi a irregularidade de superação de renda, justificada pela aposentadoria da mulher do beneficiário, cujos valores elevavam a renda do grupo familiar acima do permitido.
O fato é que dona Aparecida Cale da Silva, a esposa, morreu em maio de 2020. Dessa data até outubro de 2021, o marido sobreviveu apenas com o benefício dele, atualmente suspenso há sete meses.
Antes do cancelamento, o INSS chegou a notificar Wilson para apresentar, em 30 dias, defesa escrita e provas de que ele faria jus ao salário, evitando a suspensão do pagamento e a devolução dos valores recebidos descritos pelo órgão como indevidos, um total de R$ 19.593,77. Por ter pouca leitura, ele não entendeu a notificação e perdeu o prazo.
Por medo de ter o benefício negado pela perícia realizada em fevereiro, em razão do recebimento anterior descrito irregular pelo INSS, a família faz um apelo para tentar conseguir um advogado que se interesse pelo caso e ajude na resolução do problema. Enquanto isso, além de sofrer com o desconforto da hemodiálise, Wilson enfrenta as dificuldades provocadas pela falta de dinheiro e sem poder trabalhar.