A Polícia Civil de Ibotirama negou, na manhã deste sábado (16), as informações divulgadas através das redes sociais a respeito de dois homicídios que supostamente ocorreram na cidade.
As mensagens foram espalhadas no início da noite e davam conta de que ontem(15), além de um homem, uma mulher teria sido assassinada em pontos diferentes do município.
Ainda conforme a polícia, um homem foi morto a tiros, mas em Muquém do São Francisco. A vítima estaria dentro de um veículo, entretanto não há mais detalhes sobre a situação. A PRF também acompanha o caso.
De acordo com o advogado Irapuan Assis, a propagação de notícias e denúncias falsas, como ocorreu nas últimas horas, além de prejudicar o trabalho da polícia, pode ser crime previsto no Código Penal.
Veja:
Atualmente, com as redes sociais, as notícias falsas se espalham rapidamente. Antes de repassar a informação, as pessoas ainda não estão acostumadas a verificar a veracidade dos “prints”, das “correntes” e outros.
Assim, o boato, que vai de uma simples fofoca, quando gera dano pequeno e pode não ser penalizada, até algo de maior proporção, que pode causar transtornos graves a população e, na pior das hipóteses, até a morte de pessoas, rapidamente viraliza na web.
É preciso alertar que publicar ou compartilhar noticia falsa ou ofensiva na internet causa danos irreparáveis aos envolvidos. O responsável pela prática pode responder por crimes previstos no Código Penal como calúnia( art. 138), difamação (art. 139) e injúria (art. 140), que são chamados crimes contra a honra.
Irapuan Assis é advogado, pós graduado pela Ucan, e procurador da Câmara de Ibotirama.