Além do distanciamento social, o intradomiciliar é arma poderosa no combate ao coronavírus
Foto: ilustração

Talvez seja injusto considerar o isolamento vertical como uma boa medida contra o coronavírus. Na modalidade, apenas os idosos ou pessoas do grupo de risco permanecem dentro de casa, enquanto as demais seguem a rotina normalmente.

A ineficácia se dá porque em vários domicílios brasileiros, segundo estatísticas, a composição familiar corresponde a diversas faixas etárias. O neto mora com a avó, o casal mora com a sogra, filhos, mesmo adultos, ainda estão na casa dos pais e assim sucessivamente.

Nesse cenário, as pessoas que podem – conforme a ótica vertical – continuariam circulando livremente e voltando para casa com o risco de levar o vírus para os que lá ficaram.

Embora o nome não tenha sido divulgado amplamente e haja poucos estudos sobre o tema, exceto recomendações governamentais para em caso de pessoas infectadas, é possível considerar um termo novo no glossário do coronavírus: o isolamento intradomiciliar.

Na prática, todas as pessoas que têm necessidade de circular, seja a trabalho ou qualquer outro motivo, voltariam para casa, mas ficariam rigorosamente distanciadas das que de lá não saíram.

Isso significa controle criterioso quanto à permanência em cômodos em comum, separação de utensílios como prato, faca, talheres e copos, rigor na higienização dos banheiros após a utilização e, por que não considerar, o uso de máscaras.

Todas essas medidas já são recomendadas pelo Ministério de Saúde para os cuidados intradomiciliares em caso de familiares contaminados pelo coronavírus.

Porém, como já se sabe, a doença se manifesta em algumas pessoas de forma assintomática, o que quer dizer que dentro de casa, caso não haja distanciamento, todos os moradores poderão ser contaminados. Na hipótese, os idosos, mesmo em isolamento social, correriam o risco de ser infectados.

Diante da situação, tão quanto o isolamento social, o distanciamento dentro de casa, somado a uma série de medidas de higiene, pode poupar a vida de inúmeras pessoas. E isso independe de políticas públicas, pelo contrário, está ligado às práticas individuais e enfrentamento ao vírus.

 

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