Devido à redução nas chuvas e à menor geração de energia pelas hidrelétricas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) que a bandeira tarifária vermelha, no patamar 1, será adotada no mês de junho de 2025. Com a mudança, os consumidores passarão a pagar um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.
A decisão foi tomada com base em dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que apontam a necessidade de uso de usinas termelétricas para suprir a demanda energética. Essas usinas têm custo de operação mais alto, o que impacta diretamente na tarifa.
Em maio, a bandeira em vigor era a amarela. Agora, com a piora nas condições de geração, a Aneel reforça a importância do uso consciente da eletricidade, especialmente em períodos de escassez hídrica.
O sistema de bandeiras tarifárias funciona como um indicativo ao consumidor sobre o custo real da produção de energia no país. Quando a geração está mais cara, devido ao acionamento de fontes alternativas, uma taxa extra é aplicada nas faturas.
Entenda o funcionamento das bandeiras
O mecanismo criado pela Aneel utiliza as cores verde, amarela e vermelha (patamares 1 e 2) para informar as condições de geração energética:
🟩 Verde – geração favorável, sem cobrança adicional;
🟨 Amarela – leve piora nas condições, taxa de R$ 1,88 a cada 100 kWh (ou R$ 18,85 por MWh);
🟥 Vermelha patamar 1 – cenário desfavorável, custo de R$ 4,46 por 100 kWh (ou R$ 44,63 por MWh);
🟥 Vermelha patamar 2 – situação crítica, com tarifa extra de R$ 7,87 por 100 kWh (ou R$ 78,77 por MWh).
Além disso, está em andamento uma medida provisória que propõe a gratuidade da conta de luz para famílias de baixa renda, e que será enviada ao Congresso Nacional.