Há exatamente um ano, a funcionária pública Valmira Ferreira, de 36 anos, precisou encontrar uma forma de enfrentar a crise e aumentar a renda. Mãe solteira, o orçamento ficou curto com a chegada do segundo filho.
Era época de Carnaval quando ela visitou uma amiga e descobriu como a moça fazia para ganhar um dinheiro extra. Com o exemplo inquietando a cabeça, Valmira resolveu tentar a sorte na venda de geladinhos gourmert.
A chegada do filho mais novo aumento a necessidade da renda extra. (Foto: Gazeta 5)
A assistente conta que se lembrou de quando era criança e trabalhava vendendo o produto pelas ruas da cidade. Esperançosa, décadas depois, o plano era oferecer os sacolés apenas no período da tarde, turno oposto ao do trabalho formal.
O primeiro investimento foi de R$ 20, única quantia que Valmira tinha na carteira, que deu para custear a fabricação de 20 unidades. Com o isopor cheio, era chegada a hora de ir à luta.
Para a surpresa da vendedora, todos os geladinhos acabaram no mesmo dia, após uma divulgação na internet. Foi aí que a alegria tomou conta, e a empreendedora percebeu que estava no caminho certo.
Valmira ao lado da filha mais velha e com o caçula no colo. (Foto: Gazeta 5)
Com o passar dos meses, a produção aumentou. O negócio ganhou nome, passou a receber encomendas por telefone e até entrou para a lista de um aplicativo de delivery.
Atualmente, apesar de ainda não ser a principal fonte de renda da família, o lucro da “Me D’egusta” tem feito a diferença no sustento da casa. Justamente por isso, Valmira decidiu contar a história dela e servir como exemplo para outras mulheres.
Neste 8 de março, a mensagem deixada pela vendedora é de que todo mundo é capaz de ir além, basta dar o primeiro passo, buscar o sonho. Para Valmira, tudo pode dar certo, basta ter coragem, recomeçar quantas vezes forem necessárias e subir devagar, degrau a degrau.
A vendedora diz que tudo pode dar certo, basta acreditar no sonho. (Foto: Gazeta 5)