Quase 74% dos municípios brasileiros estão em situação difícil ou crítica em relação à gestão fiscal. É o que diz o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), divulgado nesta quinta-feira (31), que analisou as contas de 5.337 cidades de todo o país. O levantamento aponta sérios problemas em autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos. Veja os principais pontos da análise dos indicadores abaixo:
Autonomia
34, 8% das prefeituras não se sustentam: não geram receita suficiente para a manutenção da estrutura administrativa.
Gastos com pessoal
49,4% do país em situação crítica: cidades gastam mais do que 54% da receita com pessoal.
Liquidez
21% da prefeitura no cheque especial terminaram: terminaram 2018 sem recursos em caixa para cobrir as despesas postergadas.
Investimentos
47% das cidades brasileiras sem olhar para o futuro: investem em média apenas 3% da receita.
Em relação à autonomia, conforme a análise da Firjan, o número de municípios em que as receitas oriundas da atividade econômica não são suficientes para custear a manutenção da estrutura administrativa equivale a 1.856.
Na contramão dos maus resultados, na Bahia, Salvador, Candeias, Barrocas, Feira de Santana, Paulo Afonso, Alagoinhas, Coribe, Barreiras, Bom Jesus da Lapa e Ibirapuã lideram o ranking de boa gestão fiscal.